segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Em sabatina da TV Record, Bolsonaro garante aumento real ao salário mínimo

O presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) foi entrevistado, ontem à noite, por jornalistas da TV Record sobre diversos temas de sua campanha eleitoral. Dentre os assuntos tratados, Bolsonaro garantiu que será possível viabilizar um aumento do salário mínimo acima da inflação para os próximos anos.

O candidato oponente a Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado para comparecer ao encontro, que, inicialmente, seria um debate, mas não marcou presença. Pelas regras estabelecidas pela TV Record com a Justiça Eleitoral, caso um dos candidatos não comparecesse, seria feita uma rodada de entrevista com o candidato presente.

Além da promessa de aumento real ao salário mínimo, Bolsonaro lembrou que seu governo destinou mais de R$ 68 milhões em auxílios emergenciais ao longo da pandemia, o que garantiu segurança econômica para o país. Questionado sobre o Orçamento Secreto, Bolsonaro afirmou que ao menos 13 parlamentares do PT utilizaram do mesmo para destinar verbas para seus nichos eleitorais. "Essa proposta foi votada, eu vetei, mas o Congresso derrubou o meu veto. O que temos que fazer é ir atrás desses parlamentares que mandaram recursos para os estados e municípios, e fazer com que eles sejam expostos", defendeu.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro pediu desculpas por exagerar nos palavrões e na maneira rude de se comunicar, mas destacou que não é "ladrão". "Tem gente que diz que não vota em mim porque sou grosso e falo palavrão. Eu falo palavrão, mas não sou ladrão. Dou o melhor de mim. Me desculpo. Estou fazendo o melhor de mim. Muita gente se preocupa com o que eu falo e não com o que eu faço", argumentou.

Sobre a reforma agrária, o candidato do PL disse que as invasões de terras promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) diminuíram no Brasil por causa de ações de regularização fundiária nos últimos quatro anos. "Nós tiramos a força do MST pegando assentados e dando títulos das terras. Já demos 420 mil títulos, que é o registro para esse pessoal que não tinha (título). Nós demos dignidade para os assentados, que passaram a ser cidadãos e a integrar de verdade a agricultura familiar", destacou. Bolsonaro frisou ainda que 80% dos títulos concedidos foram direcionados às mulheres.

Outro ponto assumido pelo candidato à reeleição foi a ampliação do projeto de escolas cívico-militares, bem como ampliar os investimentos na Educação Básica.

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