Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), antes mesmo de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cogitar concorrer nas eleições deste ano, elaboraram um documento com diferentes propostas para um eventual plano de governo. Entre as sugestões levantadas pelas lideranças, estava a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
O documento foi discutido e elaborado em dezembro de 2021, durante o encontro nacional de direitos humanos do PT. Lideranças do partido no Congresso Nacional participaram do evento, como as deputadas Érika Kokay (DF), Maria do Rosário (RS) e o senador Humberto Costa (PE).
Essa ideia já é antiga dentro do partido, e Lula já se mostrou a favor de discutir a criação de uma nova Constituição. Em 2018, antes de ter a candidatura para a Presidência da República barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em virtude das condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que recebeu na Operação Lava-Jato, o ex-presidente colocou no plano de governo a convocação de uma nova Assembleia Nacional Constituinte.
No plano de governo apresentado ao TSE neste ano, Lula não incluiu a proposta apresentada pelos correligionários. No entanto, em recente debate com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em um canal de televisão, ele citou o tema para falar sobre a possibilidade de aumentar a quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das resoluções aprovada relara que "o desafio do PT e das esquerdas é fundir as bandeiras da luta democrática com uma visão programática por novas instituições políticas, o que deve ser considerado na discussão — já realizada pelo PT — acerca da necessidade de uma Assembleia Nacional Constituinte".

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