Em debate ocorrido ontem à noite, na TV Record, os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) voltaram a fazer acusações entre si, mesmo afirmando, no início do encontro, estarem dispostos a não se atacarem mutuamente.
No primeiro bloco, de temas livres, ambos os candidatos discutiram sobre Educação, Saúde e Segurança, geração de empregos e vacina contra a Covid-19. Foi então que começaram as acusações. “Meu adversário renunciou ao governo do Rio Grande do Sul, ficou de costas para o Estado. Não quis saber do Rio Grande do Sul”, disse Onyx. “O senhor renunciou à ética, à cordialidade ao se negar a apertar a mão do outro candidato. Renunciou à vacina. Eu me vacinei, assim como 92% da população gaúcha. O senhor não se vacinou”, rebateu Leite.
Os ataques foram ampliados no decorrer do debate, com Leite afirmando que Onyx deveria estar no Congresso trabalhando, em referência ao fato da eleição para deputado de Lorenzoni. O candidato do PL rebateu dizendo que o tucano mentia muito. Eduardo Leite, então, disse que Onyx era uma "verdadeira usina de mentiras", defendendo que a pandemia freou projetos como a integração do transporte coletivo na Região Metropolitana de Porto Alegre, quando questionado sobre o assunto pelo adversário.
Em seguida, ambos falaram sobre a pandemia da Covid-19. Leite disse que Onyx era um "defensor da mortalidade de rebanho" e o candidato do PL classificou como "terrorismo" as medidas de isolamento durante o governo do tucano.
No segundo bloco, também de temas livres, os assuntos tratados foram o Banrisul, políticas para as mulheres, corrupção, prevenção à saúde, Corsan, apoio dos candidatos a presidente e o plano de governo dos postulantes ao Piratini. Leite disse que ele será um “indutor do desenvolvimento”, ao que Onyx comentou que o adversário “encheu a gestão de políticos”, negando em seguida que fará isto em seu eventual governo. “Assumi o compromisso de que o banco será profissionalizado, não vai ter nenhum político”.
O tucano citou o recebimento de caixa 2 por parte de Onyx. “Só tem um dos candidatos aqui que apareceu na lista da Lava Jato, e não sou eu. Abro inquérito e demito quem aparece com alguma suspeita de corrupção”. O candidato do PL, por sua vez, disse ter se arrependido do episódio e respondido à Justiça pelo episódio relatado. “Tive a humildade que o senhor não tem de pedir desculpas”, rebateu Onyx, dizendo depois que Leite comete “agressões e desinformação”. “É muito dolorido [para Leite] estar aqui discutindo o Rio Grande do Sul. Ele queria estar no debate nacional”, afirmou o candidato do PL.
O terceiro bloco teve perguntas de jornalistas a respeito de infraestrutura escolar, violência contra a mulher, sistema penitenciário e a adesão ao regime de recuperação fiscal (RRF). Onyx citou que é conhecido como “resolvedor de problemas” do governo do presidente Jair Bolsonaro, posição criticada por Leite. “O senhor passou por vários ministérios, mas não parou em nenhum”, afirmou o tucano, citando ainda propostas como a ampliação da Patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar (BM), e a instalação de mais de cinquenta Salas das Margaridas, para a realização de denúncias por parte das mulheres contra agressores.
Onyx citou que, no governo federal, reduziu “todos os índices de criminalidade do Brasil, homicídio ao tráfico de drogas”. “Foi reduzido por conta do trabalho do governo que eu fiz. Temos que recuperar a unidade da BM e da Polícia Civil [para eles] confiarem no seu comandante e saber que seu ele estará ao seu lado”, afirmou. O último bloco foi o espaço das considerações finais de ambos os candidatos. “Fizemos um Estado mais capaz de investir, de cuidar das pessoas. Vamos seguir avançando com muita responsabilidade, com direção ao futuro”, pontuou Leite. “A decisão de domingo é a do bem contra o mal. Ajudei o presidente Bolsonaro a fazer no Brasil grandes transformações, e vou fazer aqui”, comentou Onyx.

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