Na postagem anterior, abordei a questão da importância dos políticos contarem com uma assessoria especializada, que saiba orientar e conduzir as ações de suas campanhas eleitorais, assim como sua trajetória enquanto estiver à frente de um mandato. Trazendo à temática da política local, mais precisamente do município de Nova Santa Rita, essa consciência é primordial para quem, em 2024, deseja alcançar um mandato como prefeito ou como vereador da cidade.
Esse texto mexerá com o ego de muitos “matusaléns”, como
diria um amigo meu, que mandam e desmandam (ou acham que mandam e desmandam)
nas agremiações partidárias locais. Mas, lamento informar a alguns deles, que o
tempo de vocês já passou. A política atual requer renovação, inovação. Como já
afirmei anteriormente, não se faz mais política no grito ou “no peitaço”. É
preciso “descer às caldeiras”, pisar no chão da fábrica, pisar no barro e estar
onde o povo se encontra, primeiramente.
Em segundo lugar, conhecendo, de fato, as necessidades do povo,
assessorar-se de gente que entende da arte de se comunicar. Vejam o exemplo de
nosso governador reeleito, Eduardo Leite. O cara tinha em seu time de
comunicação jornalistas, publicitários, relações públicas, especialistas de
marketing e até gente das artes cênicas, que orientava o então candidato até sobre
como deveria ser o seu semblante ao tratar de determinados assuntos. Maquiagem?
Particularmente, acho que não. É uma questão do inconsciente das pessoas: há
uma tendência de que as coisas bem feitas, cuidadosamente preparadas chamem
mais a atenção e gerem uma boa sensação do que algo realizado de qualquer
jeito, ou como no linguajar sanga-fundense, feito “a facão”.
Mas acredito ser mais fácil colocar um elefante dentro de
uma geladeira do que fazer os matusaléns da política local entenderem isso. O
PT local, apesar dos “pitis” do Battistella, começou a compreender esse processo
e não poupa um centavo no que se refere à publicidade, marketing e áreas afins.
Os outros, lamentavelmente, patinam. Preferem tentar viver na Nova Santa Rita
do tempo dos coronéis em que o olhar feio, o grito ou as palavras bonitas deixavam
o povo convencido.
Humildade é fator fundamental nisso. Entender que não se é o
dono da razão, não tratar as pessoas que estão dispostas a auxiliá-los em seus
projetos como, talvez, se trata um peão ou um empregado de sua empresa já é um
bom começo. Ter a consciência de que todos são importantes e devem contribuir no
processo político, mas que nem todos estão ali pensando num município melhor,
mas, sim nos seus próprios interesses também é de suma importância.
Outra questão, voltando a falar no “tio do pavê” é achar-se
a “estrela” do espetáculo, que, onde chega, todos têm que bajular e até rir de
suas piadinhas sem graça, muitas vezes carregadas de machismo e preconceito.
Não é assim que um líder deve agir. Ouvir sua equipe, cumprir o que é tratado,
não querer quebrar os “protocolos” é outro fator importante a ser considerado.
Para encerrar, às vezes também é necessário o reconhecimento de que não se é mais um guri. A idade chega para todos, sem exceção. Para que a política se renove, não é admissível a certos veteranos que se eternizem, direta ou indiretamente, no comando de siglas e na articulação política. Renovar é preciso, colocar sangue novo, inserir, de fato, e não só no discurso, os jovens nos processos político-partidários é algo que urge cada vez mais dentro das siglas ditas de "direita" em Nova Santa Rita. Enquanto as "velhas guardas" não baixarem a bolinha e não abrirem espaço para renovação, os eternos conflitos (leia-se "briga de egos") continuarão e o PT irá deitar e rolar por aqui.
Mas, ainda há tempo de rever conceitos e mudar o rumo. 2024 está logo ali. Como diria meu amigo Professor e Sargento Mendes, tenhamos todos “um bom pensar”.

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